A mesa, a vela e a caneta.
Meus pés descalços
Rachados pela seca
O “sem” é a palavra
Que me acompanha
Sem água
Sem comida
Sem saúde
Sem futuro
Sem planos
Cem vezes eu disse sem
Meu maior martírio
É ver minha mulher
Tão sofrida, nessa terra
Mesmo assim ela é feliz
Isso me estimula a estar vivo
E escrever esta singela
Carta com muito sacrifício
As mãos sujas tremulam
No rosto o suor escorre
Estou muito cansado
Na mente a esperança persisti
Eu sei que a minha felicidade
Ainda existe
Em algum lugar
Meus olhos estão ardendo
Suplica de quem esta sofrendo
Desculpe-me leitores
Pelos vários erros de português
Meu estudo foi muito pouco
Tive que trabalhar muito cedo
Escrever essa é a minha diversão
Depois de um dia árduo
Uma mesa velha, com uma vela acesa
Uma caneta é o que apenas vejo agora
Essas são as minhas grandezas
Da solidão que me aflora
Agora tenho que ir dormir,
A vela esta acabando
Amanha continua tudo de novo
Nesse meu mundo profano
Diony Peroli
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